O mercado financeiro revisou para cima as expectativas para a inflação, o Produto Interno Bruto (PIB) e o dólar, de acordo com o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. As projeções são reflexo das últimas análises dos economistas e mostram um cenário de maior pressão sobre os preços e o câmbio, ao mesmo tempo em que há otimismo moderado quanto ao crescimento econômico.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, agora é projetado para fechar o ano em 4,25%, um aumento em relação à previsão de 4,17% registrada no Boletim Focus da semana passada. Esse ajuste sinaliza uma percepção de que a inflação deve permanecer acima do centro da meta, em função de fatores internos e externos que pressionam os preços.
No que diz respeito ao PIB, a expectativa de crescimento subiu de 2,39% para 2,43%. Esse leve aumento demonstra que, apesar das incertezas econômicas, o mercado continua confiante na capacidade de recuperação da economia brasileira ao longo de 2024.
Para o câmbio, a cotação do dólar foi ajustada para R$ 5,32, contra os R$ 5,30 previstos anteriormente. Esse movimento reflete uma combinação de fatores, como a volatilidade dos mercados internacionais e a percepção de risco em relação ao cenário fiscal e político do Brasil.
Por outro lado, a taxa básica de juros (Selic) permanece inalterada em 10,50% nas expectativas do mercado, o que indica estabilidade na política monetária no curto prazo, à medida que o Banco Central equilibra a necessidade de conter a inflação sem prejudicar a recuperação econômica.
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